domingo, 8 de janeiro de 2012

Marina, de Carlos Ruiz Zafón


Depois de um, dois, três livros começados e largados, nada como um romance fantástico ambientado em Barcelona para me fazer chegar até o fim. Confesso que não foi difícil, afinal o livro era curto, mas acho que a minha atenção está diminuindo um pouco... Só que isso não vem ao caso.
A escolha do livro já foi bem no clima Zafón. Gosto de comprar livro no aeroporto e estava na Laselva quando vi uma capa em preto e branco, com ares de brumas e mistérios, com o nome do Zafón lá em cima. Não me liguei no título. Se meus olhos leram, meu cérebro não registrou. Comprei só pelo autor, afinal eu adorei "A Sombra do Vento".
Sentei para aguardar o embarque, abri o livro e comecei a ler a orelha, só aí percebi que o título era Marina, o nome da minha unborn child (se for menina!). Colocando de lado o início fantástico, comecei a ler o livro, que é o ápice do fantasioso e sombrio.
É muito bom, mas tem que ter estômago para imaginar as cenas e as coisas que ele descreve. O livro se autoentitula infantojuvenil. Confesso que não daria isso para uma criança, não mesmo.
Gostei, mas recomendo antes, sem sombra de dúvida, "A Sombra do Vento". Não é a toa que foi o primeiro livro dele publicado por aqui. Esse também é bom, e é curto, mas preparem-se!

*** SPOILER ***
As criaturas deformadas que ganham vida das mãos de Kolvenic parecem assustadoras. Não gosto muito dessas coisas, fico muito impressionada... Acho tudo um pouco desnecessário. Não consigo nem imaginar um filme baseado nesse livro. Certamente seria um filme de terror. Além disso, a Marina, uma personagem doce, mas cheia de mistérios, morre no final, o que dá um ar bem triste ao desfecho do livro.
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